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RETIRE O “KKK” E EXERCITE O ABRAÇAR

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Seja uma crítica, sugestão ou alarme, mas, máquinas não podem substituir pessoas e afetos. Principalmente, aquelas que podemos colocar na palma da mão e destruir o próprio coração. Desculpinhas, praticidades e facilidades sempre terão, mas, não devemos viver com muletas verbais ou sociais. Não somos máquinas para termos características frias e numéricas, já bastam pessoas superficiais e genéricas.

Por que acordar pela manhã, ligar uma tela e dar ‘bom dia’ a alguém virtual, ao invés de abraçar e amar quem está do lado e ser presencial?  Por que, não deixar de lado, mas bem de lado, o celular e pegar a Palavra para rezar? Por que dar um celular a uma criança quando está fazendo barulho em vez de educar, suportar e, até, corrigir? Para que se encontrar com namorado no jantar, se a cada 5 minutos o celular é o que está na mão, e não na mão de quem você ama?

Quero imaginar não uma vida sem celulares, mas quero reafirmar que são as pessoas que os controlam. Interessante, até operadoras de celulares estão preocupadas com seus usuários, devido ao uso excessivo dos aparelhos (não vou citar, para não dar os créditos no final).

Conexão consciente é saber que posso trocar o “kkk” e gargalhar de verdade, posso esquecer o emoji e fazer uma careta, ao invés de jogar horas na sombra do quarto, sair para brincar e pular na luz da praça ou da quadra. Largar uma tela e poder atentar que a vida é mais que um clique, poder envolver e amar sem a necessidade de publicar. É preciso dar um “pause” em máquinas e um “play” nas pessoas.

Uma vez, ouvi falar, que publicar fotos belas e aparecer em lugares criativos, valorizam o perfil. Mas, eu queria mesmo é saber como fazer para não ter amigos de “refil”. Ser e viver é melhor que publicar e aparecer.

Pe. Rener Olegário Lopes

Pe. Rener Olegário Lopes Sacerdote da Diocese de Uruaçu, GO. Licenciado em Filosofia na FASEM, graduado em Teologia no Seminário de Brasília, Pós-graduado em Psicologia Clínica. Um jovem padre para um velho mundo.