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“A SANTIDADE É UM CAMINHO PARA TODOS”

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Os santos nos ensinam que seguir as pegadas de Cristo, chegar ao que os místicos chamam de “Imitatio Christi” (imitação de Cristo) é um percurso profundamente enraizado na história pessoal.

O Papa Francisco também o recordou na Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate sobre o apelo à santidade no mundo contemporâneo: “A santidade é um caminho para todos”. O Pontífice alerta contra a tentação de pintar os santos como ícones, despojando-os daquela humanidade que tem algo de “milagroso” porque está impregnada de Cristo. “Muitas vezes – recorda o Papa – somos tentados a pensar que a santidade está reservada a quem tem a possibilidade de se distanciar das ocupações ordinárias […]. Não é assim”.

O modelo é, antes, a “santidade da porta ao lado”, que precisa da fé para se elevar, como a vida de São João Paulo II que testemunhou o significado mais profundo do martírio pelo sofrimento.  O Papa polaco nunca se esquivou do seu papel de guia do Povo de Deus, nem mesmo nos anos mais difíceis do seu Pontificado, marcados pela doença.

O Papa Francisco também tem apresentado fortes testemunhas do amor “jovem” a Deus. Como José Sanchez Del Río, canonizado em 2016, o mexicano mártir de 15 anos que, nos primeiros anos do século XX, viveu plenamente o seguimento de Cristo. Aqueles foram os anos da “guerra cristã” e vários de seus irmãos se juntaram aos rebeldes anticristãos do país. Mesmo isolado, o santo adolescente nunca se sentiu sozinho. Na verdade, escondido, ele encontrou alimento na relação com Cristo e pagou com a tortura e a morte, por sua adesão.

Francisco e Jacinta Marto foram canonizados em 2017, os pastorinhos de Fátima que, juntamente com Lúcia, viram Nossa Senhora e com ela se divertiram na oração quotidiana. Na infância deram testemunho da “pequenez” do coração que agrada a Deus: “Não queremos ser esperança abortada! A vida só pode sobreviver graças à generosidade de outra vida” – recordou o Papa na missa de canonização celebrada no dia 13 de maio de 2017 no Santuário da Virgem Maria em Fátima.

 

 

Entre os “jovens” Santos a caminho da canonização, recordamos a Santa “noiva” Sandra Sabattini, que em breve será beatificada e o beato Carlo Acutis. Sandra escolheu dedicar sua vida aos enfermos, alcançada pela missão de padre Oreste Benzi, fundador da Comunidade Papa João XXIII. Carlo Acutis, por outro lado, foi um menino como muitos que, ao lado de sua paixão pela tecnologia da informação, cultivou uma relação íntima e fecunda com Cristo.

Como recorda o Papa Francisco “o fim não é só o fim” talvez devêssemos prestar atenção a cada pequeno final da vida cotidiana”. O ensinamento que todos os santos da Igreja deixaram em seus momentos finais, desde o jovem diácono e primeiro mártir Estêvão ao adolescente Carlo Acutis dos tempos atuais, fazem sentido lidos à luz da verdade encarnada em suas vidas. São diversos ecos de uma única grande mensagem: que a santidade é uma graça ao alcance de todos.

Padre Rodrigo Natal graduou-se em Filosofia e Teologia na Faculdade Dehoniana e fez pós-graduação em Comunicação na PUC-SP e Irmãs Paulinas.Pertence ao clero da Diocese de Taubaté. Foi ordenado diácono em 14 de agosto 2004 e sacerdote em 14 de maio de 2005.Atuou como diretor geral da Rádio Cultura de Taubaté, emissora da diocese, de 2004 a 2010. Foi vigário das paróquias São Pedro, Bom Jesus de Tremembé e Nossa Senhora do Rosário, onde ficou de 1° outubro de 2006 a 9 de setembro 2010 e iniciou um trabalho de relevância junto aos jovens e às famílias.Em 28 de novembro de 2010 assumiu como primeiro pároco da Paróquia São Sebastião.