Por Richard Oliveira
Recentemente um termo novo começou a circular nas redes: Metaverso. Mas, você sabe o que é o Metaverso?
Uma explicação simples encontra-se no Wikipédia: Metaverso é a terminologia utilizada para indicar um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. É um espaço coletivo e virtual compartilhado, constituído pela soma de “realidade virtual”, “realidade aumentada” e “Internet”.
A ideia de Metaverso é tão estranha para a maioria de nós quanto era a ideia de “redes sociais” quando os dinossauros da internet ensaiavam comunidades no extinto Orkut. Há uns anos atrás, ouvi um especialista em tecnologia falar sobre a “internet de tudo” e a popularização das telas. Naquela altura, parecia estranho pensar em ter a geladeira conectada à internet sendo monitorada pelo App de compras. Hoje isso é uma realidade. Também vemos ao nosso redor uma quantidade de telas para todos os fins, que parece impensável a vida sem as telas.
O próximo passo, que na minha humilde avaliação é um passo ainda intermediário, é o que o tio Mark (Mark Zuckerberg) apresentou como mais uma de suas genialidades, mas que já era desenvolvido por uma dezena de “homo tecnologicus”: O Metaverso.
E as coisas mudam tão rápido, que “terrenos” no Metaverso já estão sendo negociados por milhões de dólares. Marcas famosas já estão lançando roupas e sapatos exclusivamente virtuais. E por aí vai…
De certo modo, a pandemia já arrastou todos nós lá para esse lugar. As aulas e reuniões online, os encontros de família, casamentos etc. Não se pode dizer que aqueles não são ambientes reais. Tivemos que expandir nosso conceito de real para entender, meio que a duras penas, que o virtual expressa certa realidade.
Mesmo as igrejas foram empurradas para lá. Missas online se apresentam como um desafio para os teólogos. É valido um sacramento virtual? A benção do Santíssimo Sacramento dada pelo Papa Francisco, sozinho na praça de São Pedro no início da pandemia em 2020, alcançou os milhões de fiéis que o acompanhavam pelas telas dos celulares? Se o novo continente a ser evangelizado chama-se “Metaverso”, qual será a postura da Igreja diante de tantos desafios? Estamos preparados para esse novo período de Grandes navegações?
Eu não acho que estamos tão preparados assim para o Metaverso. Mas, numa analogia bem direta ao mito da caverna de Platão: não podemos ficar trancados nas Sacristias, com medo.
