Por Padre José Luiz Gonzaga do Prado
Os textos deste domingo:
A Procissão
Evangelho (Lc 19, 28-40) A entrada de Jesus em Jerusalém lembra o Profeta Zacarias. Ele anunciava um rei ungido que viria, não montado em um cavalo, o animal de guerra, nem com armas na mão, mas desarmado, manso e humilde. Viria montado num jumento, o animal pequeno e resistente do trabalho de todo o dia.
Missa da Paixão
1a. Leitura (Is 50,4-7) Vamos ouvir trecho de um poema escrito mais de quatrocentos anos antes de Cristo. Fala de alguém que vence a violência, sendo vítima da violência e resistindo, sem praticar violência e sem sentir-se derrotado. Vemos a realização disso em Jesus.
Salmo (22 [21],8-9.17-18a.19-20.23-24) O Salmo é a oração de alguém que viu a morte de perto, mas salvou-se e agora agradece a Deus. Nós o cantamos pensando em Jesus.
2a. Leitura (Fl 2,6-11) Segundo Paulo, Adão era imagem e semelhança de Deus, mas quis roubar a igualdade total com Deus. Jesus vence o orgulho e a ganância de Adão, fazendo-se escravo de todos e aceitando a humilhação máxima, a morte de cruz.
3a. L. Evangelho (Lc 23,14-23,56) Lemos este ano a Paixão segundo Lucas. Ele mostra o Jesus que morre pela humanidade toda, faz tornarem-se amigos governantes que eram inimigos um do outro, o Jesus que pede às mulheres que não chorem por ele, mas por elas mesmas e por seus filhos, o Jesus que pede o perdão de Deus para os seus assassinos e abre as portas do paraíso ao bandido que o reconhece como o Salvador.
Padre José Luiz Gonzaga do Prado (86 anos), mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico em Roma. Atuou em trabalhos de tradução nos Evangelhos de Marcos e de Mateus para as Bíblias Pastoral, da CNBB, Nova Bíblia Pastoral e revisão da Bíblia na Linguagem de hoje.