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56º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

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Redação Katholika com informações do Vatican News

O dia mundial das comunicações sociais vem se tornando cada vez mais pertinente em um cenário eclesial formado por inúmeras atividades realizadas através de canais de comunicação como: Instagram, Facebook e Youtube.

O objetivo da celebração deste dia é despertar na consciência do cristão a necessidade de anunciar Jesus Cristo através de todos os meios possíveis. Hoje, certamente, nos meios de comunicação social.

No ano de 2021 a mensagem do Papa Francisco se direcionou para a necessidade de “ir e ver” as realidades e não apenas apresentá-las nas telas. Este ano, o pontífice acrescentou um outro verbo para a ação da Igreja nas mídias sociais: ESCUTAR.

Confira parte da carta do Papa Francisco para este dia:

 

“A escuta como condição da boa comunicação:

Há um uso do ouvido que não é verdadeira escuta, mas o contrário: o espionar. De fato, uma tentação sempre presente, mas que neste tempo da social web parece mais assanhada, é a de procurar saber e espiar, instrumentalizando os outros para os nossos interesses.

Ao contrário, aquilo que torna boa e plenamente humana a comunicação é precisamente a escuta de quem está à nossa frente, face a face, a escuta do outro abeirando-nos dele com abertura leal, confiante e honesta.

Esta falta de escuta, que tantas vezes experimentamos na vida quotidiana, é real também, infelizmente, na vida pública, onde com frequência, em vez de escutar, ‘se fala pelos cotovelos’. Isto é sintoma de que se procura mais o consenso do que a verdade e o bem; presta-se mais atenção à audiência do que à escuta.

Ao invés, a boa comunicação não procura prender a atenção do público com a piada foleira visando ridicularizar o interlocutor, mas presta atenção às razões do outro e procura fazer compreender a complexidade da realidade. É triste quando surgem, mesmo na Igreja, partidos ideológicos, desaparecendo a escuta para dar lugar a estéreis contraposições.

Na realidade, em muitos diálogos, efetivamente não comunicamos; estamos simplesmente à espera que o outro acabe de falar para impor o nosso ponto de vista. Nestas situações, como observa o filósofo Abraham Kaplan, o diálogo não passa de duólogo, ou seja um monólogo a duas vozes.

Ao contrário, na verdadeira comunicação, o eu e o tu encontram-se ambos ‘em saída’, tendendo um para o outro.

Portanto, a escuta é o primeiro e indispensável ingrediente do diálogo e da boa comunicação. Não se comunica se primeiro não se escutou, nem se faz bom jornalismo sem a capacidade de escutar.

Para fornecer uma informação sólida, equilibrada e completa, é necessário ter escutado prolongadamente. Para narrar um acontecimento ou descrever uma realidade numa reportagem, é essencial ter sabido escutar, prontos mesmo a mudar de ideia, a modificar as próprias hipóteses iniciais”.