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Conversação dos Costumes

Sem Título-1

Mais uma vez, na graça do tempo que dispomos para apresentar alguns elementos práticos da vocação monástica beneditina dentro da realidade da vida cisterciense, gostaria de dar continuidade à temática dos votos que professamos publicamente – desta vez falarei um pouco sobre o voto de conversatio morum, expressão latina que pode ser literalmente traduzido como “conversação dos costumes”.

Esse voto é encarado como o “voto de santidade” do monge, pois é reconhecendo a sua pequenez e suas limitações que ele empreende um diálogo constante com aquele que é considerado o ideal do monge, ou seja, Nosso Senhor Jesus Cristo.

A partir da realidade de Igreja e dos sacramentos, a conversação dos costumes se baseia justamente no compromisso de adaptação da própria vida aos moldes da vida de Cristo e entre acertos e erros, quedas e reerguimentos, contando com a misericórdia de Deus, professamos que faremos de nossa vida uma contínua caminhada que tem em vista a santidade neste mundo, seguindo as marcas dos passos de Cristo nesta vida.

É dentro do exercício da conversatio morum que praticamos, como as demais realidades de vida religiosa, os conselhos evangélicos de pobreza e castidade, portanto, ainda que não prometamos publicamente os três compromissos de vida obediente, casta e pobre; na prática a temos como norteadores da vocação de uma vida doada a Deus que busca suas referências no Cristo Jesus que foi obediente, casto e pobre.

Em suma, é o reconhecimento de que nossos costumes tendem a desordem pelo pecado original, mas que Nosso Senhor, que se apresenta como Caminho, Verdade e Vida, se permite ser encontrado e tomado como referência de vida – é um compromisso que nós, monges que seguimos a Regra de São Bento, assumimos, contudo é algo que deve ser praticado por todos os cristãos, confiantes na misericórdia e com os olhos elevados aos céus.