A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora tem suas raízes na história da Igreja Católica. A devoção se origina da Batalha de Lepanto, ocorrida em 7 de outubro de 1571, quando as forças católicas enfrentaram a ameaça dos otomanos. Na véspera da batalha, o Papa Pio V convocou todos os fiéis a rezarem o Rosário, implorando a intercessão de Nossa Senhora. Embora em menor número, as forças católicas conseguiram uma vitória surpreendente. O Papa Pio V atribuiu esse triunfo à intercessão de Nossa Senhora e instituiu a festa de Nossa Senhora das Vitórias.
Posteriormente, essa festa foi ampliada pelo Papa Gregório XIII para honrar a intercessão de Nossa Senhora nas batalhas contra os inimigos da Igreja. Foi o Papa Pio VII, no início do século XIX, que estabeleceu o título de “Nossa Senhora Auxiliadora” para enfatizar a ajuda divina e a proteção que ela oferece aos fiéis.
A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora cresceu rapidamente e se espalhou por todo o mundo católico, tornando-se uma das invocações mais populares da Virgem Maria e sua figura é frequentemente representada em arte sacra, com o Menino Jesus em seus braços, simbolizando seu papel como mãe e protetora. Nossa Senhora Auxiliadora é considerada uma guia e intercessora divina. Ela é invocada em momentos de dificuldade, aflição e necessidade, na busca por sua ajuda e proteção, pois, sua intercessão junto a Deus traz conforto, orientação e graças especiais.
A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora também está intimamente ligada à confiança na providência divina. Ao buscar sua ajuda, os fieis reconhecem que Deus age por meio dela para conceder auxílio e apoio nas diversas circunstâncias da vida. A Mãe Auxiliadora é vista como uma mãe amorosa, sempre pronta a ouvir as súplicas e a interceder por seus filhos. É considerada, ainda, a padroeira de muitas instituições e organizações religiosas, como escolas, colégios e movimentos marianos que buscam inspiração em sua figura para promover a educação, a formação espiritual e o desenvolvimento humano.