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VIGÉSIMO PRIMEIRO DOMINGO DO TEMPO COMUM

A Realidade

A comunidade começava a se organizar e a empolgação era grande. Quando se perguntava como iriam distribuir as tarefas, quem seria membro do conselho, quem assumiria este ou aquele ministério a resposta era: “Não! Aqui todos fazem tudo, não há distribuição de tarefas!”.

Logo nas primeiras atividades comuns, todos dispostos a fazer, ninguém tomava a iniciativa e nada acontecia. Só assim a comunidade aprendeu a dividir responsabilidades e nomear quem se responsabiliza por cada tarefa.

A Palavra

As chaves antigas, de tão grandes e pesadas, eram carregadas aos ombros. Assim, a Primeira Leitura de hoje, para falar dos encargos de um novo ministro, fala de chaves colocadas sobre seus ombros. É a mesma metáfora que Jesus vai utilizar no Evangelho.

Pedro declara que os discípulos, ao contrário da voz corrente, creem que Jesus é o Messias. Por isso, ele lhe confia a tarefa principal na sua Igreja.

Cristo, palavra grega, e Messias, palavra hebraica significam Ungido. A esperança era de um Rei Ungido, que viria recuperar a nação de Israel, retomar o poder, então nas mãos dos romanos, e restabelecer a dignidade da nação, trazer-lhe a sonhada paz e felicidade. Como? Qual o alcance disso? Era um pouco nebuloso.

O nome ‘Pedro’, apelido que Jesus dera a Simão, já lembrava a pedra do alicerce sobre o qual construiria a comunidade de seus discípulos. Em seguida, as outras metáforas: as chaves não são as do céu, são as da comunidade. Reino dos Céus é o Reino de Deus encarnado na comunidade dos discípulos de Jesus aqui na terra. “O que ligares… o que desligares na terra”.

‘Ligar e desligar’ significa afastar e acolher na comunidade. A mesma palavra dirigida aqui a Pedro é dirigida também ao todo da comunidade, pouco adiante, no mesmo Evangelho (18,18). Para vencer as forças da morte, a comunidade dos discípulos precisa de organização, precisa ter identidade.

O Mistério

Jesus, muito além do que estava no pensamento de Pedro, é o Messias, a esperança não do povo judeu, mas de toda a humanidade, vencendo o egoísmo destruidor. Na Eucaristia a Igreja organizada celebra Jesus que assume o serviço e a humilhação da cruz e torna-se, então, o Cordeiro que tira o pecado do mundo.