Os textos bíblicos desta solenidade:
Missa da noite:
1a. Leitura (Is 9,1-6) Para Isaías, a saída do cativeiro é como uma luz que brilha na escuridão. Hoje, Jesus é a luz a brilhar na noite da humanidade, que ainda carrega o peso de um cativeiro sempre renovado.
Salmo (96 [95],1-3.11-13) No Salmo cantamos a salvação que chega para a humanidade toda.
2a. Leitura (Tt 2,11-14) As palavras atribuídas a Paulo falam da ternura de Deus que se revela no presépio. A mansidão de Deus ajuda a vencer a nossa arrogância.
3a. L. Evangelho (Lc 2,1-14) Jesus nasceu na extrema pobreza e foi anunciado como salvador dos pobres pastores. Nasceu no meio da história humana, marcada, então, pelas datas dos poderosos do mundo. Hoje os anos se contam pelo nascimento desse pobre menino.
Missa da manhã
1a. Leitura (Is 62,11-12) As esperanças do povo que voltava do cativeiro se concentravam na reconstrução de Jerusalém. Hoje nossas esperanças estão na chegada de Jesus.
Salmo (97 [96], 1.6.11-12) Nas palavras do Salmo celebramos nossa esperança com a chegada de Jesus.
2a. Leitura (Tt 3,4-7) As palavras da Leitura falam da ternura de Deus que se revela em nossa vida, a começar do nosso Batismo. Hoje ela se mostra no nascimento de Jesus.
3a. L. Evangelho (Lc 2,15-20) Os pastores eram pobres e rejeitados. Os anjos lhes anunciaram o nascimento de um salvador para eles. Seria um menino recém-nascido, não num berço de ouro, mas num estábulo. A gente acreditaria?
Missa do dia
1a. Leitura (Is 52,7-10) As palavras do Livro de Isaías anunciam ao povo de Israel a saída do cativeiro. Hoje, anunciam a chegada da salvação para a humanidade inteira.
Salmo (98 [97],1-6) No Salmo cantamos a salvação que nos chega com Jesus.
2a. Leitura (Hb 1,1-6) O que vamos ouvir foi escrito para judeus cristãos. Eles valorizavam muito a Bíblia. Mas Deus nos fala ainda hoje e fala através de Jesus.
3a. L. Evangelho (Jo 1,1-18) Para o Evangelho de João, aquele que, segundo Lucas, nasceu na mais extrema pobreza humana é a Sabedoria eterna de Deus que nos vem fazer filhos de Deus.
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HOMILIA
A Realidade ou a Palavra de Deus na vida
Jesus não nasceu dia 25 de dezembro. No oriente o Natal é celebrado dia 6 de janeiro. Roma preferiu dia 25 de dezembro, dia em que celebravam o nascimento do sol. No hemisfério norte é a noite mais longa do ano. O sol vinha se escondendo, os dias cada vez mais curtos, agora o sol começa a voltar. Jesus é o sol que renasce.
Por isso, as três missas de Natal. A da noite lembra o livro da Sabedoria: “Quando… a noite chegava ao meio do seu curso, a tua Palavra todo-poderosa vinda do céu…”. A do raiar do dia, Jesus, o dia que nasce, e a do dia, a claridade da Palavra encarnada.
A Palavra
Na Missa da noite e na da manhã, temos o Natal segundo Lucas. Jesus nasceu na extrema pobreza e foi anunciado como salvador dos pobres, excluídos e temidos pastores, semelhantes aos ciganos de hoje. Foi anunciado como um salvador para eles.
Jesus nasceu no meio das trevas da história humana, marcada, então, pelas datas dos poderosos do mundo. Hoje os anos se contam pelo nascimento do pobre menino.
Na 1ª. Leitura da noite, a saída do cativeiro é como luz que brilha na escuridão. Jesus é a luz que brilha na noite da humanidade que ainda carrega o peso de um cativeiro sempre renovado. Na da manhã, as esperanças do povo que voltava do cativeiro estão na reconstrução de Jerusalém. Nossas esperanças estão na chegada de Jesus.
A 2ª. Leitura à noite e de manhã falam da ternura de Deus que se revela no presépio. A mansidão de Deus, a partir do Batismo, nos ajuda a vencer a arrogância.
Na Missa do dia, Isaías anuncia ao povo de Israel a saída do cativeiro. Hoje, anuncia a salvação para a humanidade inteira.
E, no Evangelho, aquele que nasceu na mais extrema pobreza é a Sabedoria eterna de Deus ou a Palavra que ultimamente nos falou (2ª. L.). Ela nos faz filhos de Deus, assume nossa pobre carne e acampa com a gente em busca da Terra Prometida.
O Mistério
Na Missa celebramos Aquele que como berço teve um cocho e por leito de morte, a cruz. Nasceu numa estrebaria, não num berço de ouro. Celebramos como ele aceita a maldição que era a cruz, a fim de abrir-nos o caminho da salvação.
Ele vem ao nosso encontro, não numa “Noite feliz” que cantamos, nem apenas na comunhão ritual de que participamos. Ele vem ao nosso encontro em tudo e todos que encontramos.
POR PADRE JOSÉ LUIZ GONZAGA DO PRADO