A cantora Ana Gabriela, natural de Fortaleza (CE) é publicitária, mas desde muito nova dedicou-se a música. Aos sete anos, descobriu sua vocação para cantar e aos dez anos começou a compor suas próprias canções. Na adolescência, teve a oportunidade de ingressar no grupo musical Missionário Shalom, viajando em turnês por todo país.
Em sua biografia, as suas maiores experiências como cantora são: “Um dos momentos mais importantes na carreira foi cantar nos palcos onde o Papa Francisco esteve na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no ano de 2013, no Rio de Janeiro, para quatro milhões de pessoas. Além de ter participado em 2002, da Jornada de Toronto, com o Papa João Paulo II e, também, em coro com milhares de pessoas ter cantado a música de sua composição Paz Real na Praça de São Pedro para o Papa Bento XVI”.
Atualmente, Ana Gabriela está em carreira solo e foi premiada pelo Troféu Louvemos ao Senhor 2021 em duas categorias: Artista e Cantora do Ano.
O Katholika conversou com Ana Gabriela e ela partilhou um pouco de suas alegrias e emoção ao receber o prêmio e suas perspectivas de trabalho. Acompanhe.
Katholika: Como é para você ser uma artista católica, como se misturam fé e trabalho?
Para mim, ser uma artista católica é uma missão, uma profissão, uma imensa alegria e um desejo realizado. É um conjunto de coisas! É uma alegria maior ainda poder unir fé e trabalho. Isso é sinal de uma missão muito grande que eu acredito, como uma resposta que estou dando a Deus, pela certeza que é um dom dado por ele.
Claro, tenho que me aperfeiçoar e aprender muito, mas é um grande presente poder trabalhar com aquilo que acredito. É desafiador, também. É preciso vencer-se a cada momento. Porém, é um caminho de eleição em que eu dou meu sim, tentando dar o melhor de mim.
O que mais me realiza é saber que com esse trabalho posso levar o amor de Deus, com uma mensagem de esperança e de fé, transformando a vida de pessoas por meio da música. Esses frutos são a maior alegria.
Katholika: Neste ano, você ganhou duas premiações do Troféu Louvemos ao Senhor como Artista e Cantora Solo do ano. O que cada um desses troféus significa para você?
Primeiramente, esses dois troféus foram completamente inesperados, de verdade.
Eu já havia participado do Troféu em 2014 no lançamento do meu CD, e havia uma série de indicações que eu tinha certeza que iria ganhar, pois eu havia dado o meu máximo. Na época, ganhamos o prêmio da parte técnica, mas eu mesmo não tinha levado nenhum. Então pensei que não ia mais ganhar e me satisfiz com a alegria de estar participando, sabendo o que isso simbolizava e pronto. Mas, sobre a premiação em si, eu pensava que havia pessoas que já estavam na caminhada a mais tempo e eu já estava feliz em apenas concorrer. Também, tinha concorrido com o álbum “Sede”, já feliz por estar participando como indicada, junto com muita gente que eu admiro. E, inesperadamente, ganho o “álbum pop”.
Então, ganhar como artista e cantora solo eram coisas que eu realmente não podia esperar. Tinha muita gente boa indicada e eu já estava contente em estar entre as indicações. Eu tinha ido para o Troféu, dessa vez, porque ia fazer uma apresentação na abertura do evento e estava envolvida com isso, até me esquecendo do fato de que estava concorrendo, já feliz de estar ali, nos bastidores.
E, de repente, no final, o pessoal olhando para mim e eu nem imaginando! E, de certa forma, foi uma resposta de Deus me dizendo: “vai! Eu quero mais!”. Deus queria me dar esse gostinho de mostrar que estava comigo.
Katholika: Como você percebe o espaço da música cristã católica em meio as produções artísticas musicais?
Sobre o espaço da música cristã católica, nós precisamos construí-lo. Tem um espaço muito grande para fazer algo, mas diante do cenário geral, nós precisamos nos unir, dar o nosso melhor, sentindo o que Deus quer. É preciso “arregaçar as mangas” e ir. É o que eu tento fazer.
O meio artístico é um meio difícil, mas todo meio, toda área sem esforço, se torna difícil. É sempre preciso o esforço. Então, acredito que temos muito o que fazer, muito!
Katholika: Em seu trabalho com as mulheres, como o curso “Tua Presença Cura”, como você vê e incentiva as mulheres?
As mulheres estão meio perdidas, sem saber para onde ir. Isso faz com que surgem correntes que desconfigurem o real papel da mulher, o que ela representa, de onde veio e para onde vai. Entre esses movimentos, há o feminismo que não é cristão e não representa todas as mulheres. Assim, o trabalho com esse curso é uma tentativa de recuperar a figura e o papel da mulher tão desfigurado no mundo. É um grande perigo para a humanidade que a mulher esteja perdida, é preciso que ela se encontre e seja capaz de ajudar outras mulheres.
Katholika: Quais suas perspectivas de trabalho para o futuro?
Para o futuro, eu tenho uma mente e um coração inquieto. Tenho muitos desejos, planos e projetos. Mas, sempre peço a Deus que me ilumine para que eu saiba interpretar qual deve ser o próximo passo, para não me perder. Pego os sonhos e planos que tenho e peço a luz de Deus para me iluminar e guiar.
Atualmente, estou com novos projetos com a música, cursos, que logo poderei contar a todos. Ainda existe um caminho para trilhar para fazer acontecer. Ah, não posso me esquecer do projeto que já está acontecendo que é o “Salmo Todo Dia”, pelo meu canal do YouTube.
Katholika: Qual a mensagem que você gostaria de deixar para os leitores do Katholika?
Eu gostaria de dizer aos que leem o Portal Katholika que todos tenham a certeza de que o caminho da felicidade, da realização, está em Deus. Quando a gente O encontra, percebemos que a felicidade não está nas coisas, mas n’Ele, porque tudo vai passar. No fim, somos nós e Deus. E, é o amor d’Ele que nos transforma a cada dia.