Por Padre Francisco Galvão, ssp
Quantas vezes, motivados pela ânsia de antecipar as coisas, deixamos de estar inteiros no momento presente! Essa fuga do agora se intensifica nos momentos de angústia, dor e dificuldades.
Fazer planos e estabelecer metas para o futuro é importante e, de certa maneira, faz-nos sentir mais vivos. Isto, porém, não pode deve impedir-nos de “saborear” e aprender com cada experiência do caminho, inclusive com as mais difíceis.
Quando deixamos de viver o presente, seja por preocupação ou por medo, o nosso coração se fecha às surpresas de Deus. A vida, de repente, fica monótona e sem perspectiva.
Deus se manifesta, sutilmente, no hoje de nossa história. Porém, se olharmos demais para o futuro correremos o risco de não perceber as sutilezas de Deus e, pouco a pouco, nos tornaremos surdos para as coisas da alma.
Nossa missão nesse mundo caótico, não é tentar prever ou antecipar o amanhã, mas, assumir a nossa própria história – passado e presente, tristezas e alegrias – e abandonar-nos, com toda confiança, aos sonhos de Deus para nossa vida.