Por Diácono Richard
O dia 2 de novembro é dedicado pela Igreja Católica à memória dos fiéis defuntos. Nesta data, somos convidados a rezar por eles, oferecendo missas, esmolas, jejuns e indulgências, como um gesto de caridade e solidariedade.
Mas como celebrar Finados sem cair no desânimo, na tristeza ou na desesperança? Como viver esta ocasião com fé e confiança na misericórdia de Deus? Para nos ajudar a responder a essas perguntas, podemos nos inspirar nas palavras do Papa Francisco, que nos ensina a olhar para a morte e para a vida eterna com esperança e paz.
Em sua homilia no Dia de Finados de 2020, o Papa Francisco refletiu sobre a virtude da esperança cristã, que ele definiu como “um dom e uma graça a ser pedida”. Citando o Livro de Jó, ele lembrou que mesmo no momento mais difícil da vida, podemos ter a certeza de que o nosso Redentor está vivo e que um dia o veremos face a face. “A esperança cristã é uma âncora. Sei que meu Redentor está vivo e eu O verei. Esta certeza é um dom de Deus, devemos pedi-la e jamais a merecemos. É graça”, disse o Papa.
Em outra ocasião o Papa Francisco destacou a necessidade de paz, especialmente diante dos túmulos das vítimas de guerra. Ele afirmou que os mortos nos interpelam sobre o sentido da vida e sobre o valor da dignidade humana. Ele também nos convidou a nos deixarmos surpreender pela presença de Deus entre os pobres e os feridos do mundo, pois é neles que Ele se revela. “No tribunal divino, o único chefe de mérito e de acusação é a misericórdia pelos pobres e descartados. O critério de Jesus para o julgamento é um amor que vai além, seu critério é a gratuidade”.
Portanto, celebrar Finados é celebrar a esperança e a paz que brotam do amor de Deus por nós. É celebrar a comunhão dos santos, que nos une aos nossos irmãos e irmãs que já partiram desta vida. É celebrar a vitória de Cristo sobre a morte, que nos abriu as portas do céu. É celebrar a promessa de Deus de que um dia estaremos todos juntos na sua glória. Que possamos viver este dia com fé, gratidão e alegria.
