Por Mariana Mendes
Memória é a capacidade que temos de armazenar conteúdos e evocá-los quando necessário. Ter uma boa memória é fundamental para o aprendizado, e por que não, para nossa vida em comunidade, afinal, o que seria de um músico que esquece como compor as notas musicais? E o que aconteceria caso um motorista esquecesse qual pedal é o do freio ou o que significam as cores do semáforo?
Pois bem, ter uma boa memória é muito valioso e por isso precisamos exercitá-la para mantê-la sempre na ativa.
Muito se fala sobre a importância dos jogos de raciocínio, como palavras cruzadas por exemplo, leitura e aprendizado de novos idiomas para o desenvolvimento de uma boa memória. Mas, o que poucos sabem, é que a atividade física também exerce um papel extraordinário neste processo. E não é mágica, é fisiologia!
Durante as atividades físicas, nossos músculos esqueléticos (aqueles que se ligam aos ossos e são de movimentação voluntária) liberam duas substancias, a catepsina e a irisina, que, além de ajudarem na quebra de gordura, contribuindo para o emagrecimento, também estimulam as células cerebrais a produzirem o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) que é uma proteína que promove a neurogênese, ou seja, a criação de novos neurônios, sobretudo na região do hipocampo, local do cérebro em que as memórias são criadas.
É isso mesmo, adultos e idosos ainda fazem neurogênese e por isso é tão importante que façam atividades físicas com frequência de pelo menos 150 minutos semanais divididos em blocos de 30 minutos diários, no caso de exercícios menos vigorosos, como por exemplo, caminhada, natação, pilates, alongamento, musculação, ciclismo, entre outros.
O que está esperando para turbinar sua memória? Pegue seu tênis e “bora exercitar”!
Mariana Mendes é Enfermeira Intervencionista pré-hospitalar, Mestre em Ciências do Meio Ambiente, foi professora de cursos técnicos e cursinho pré-vestibular e atualmente é acadêmica de medicina. É administradora do perfil Medicina Catholica no Instagram, autora do livro “Como aumentar a sua nota no ENEM” e coautora do livro “Reaprender”.
