Você já parou para se perguntar de quantas coisas tem medo? Já parou para olhar ao seu redor e ver quantas coisas te assustam, ou o deixam desconfortável, causando preocupação?
O medo está bastante presente em nossa vida. É uma das emoções básicas que fazem parte do nosso dia a dia. Se olharmos ao nosso redor ou perguntarmos às pessoas do que elas têm medo, cada uma apresentará respostas diferentes. Desde medos pequenos até grandes temores, desde objetos até situações, o fato é que o medo faz parte de nossas vidas.
Ele é um importante mecanismo de defesa, que nos impede de termos atitudes que coloquem em risco nossa existência. Ele nasce como um alarme do nosso cérebro diante de qualquer coisa que represente algum tipo de perigo. Sua principal função é nos proteger das situações de risco e nos ajudar a encontrar a melhor solução diante de tais situações.
Como seria se as pessoas não tivessem medo das coisas ou das situações? Certamente, elas não sobreviveriam, pois colocariam constantemente suas vidas em risco. Se o medo não fizesse parte de nossa vida, certamente, iríamos nos expor a situações que poderiam nos prejudicar, fazer mal, ou até acabar com nossa própria vida.
O medo, por si só, é algo importante para a preservação de nossas vidas, mas em algumas situações pode se tornar um problema. Quando isso ocorre? No momento em que o medo surge sem uma situação aparente de perigo, tornando-se, assim, um medo disfuncional.
O medo disfuncional é aquele que atrapalha e limita nossa rotina, ou nossas atividades diárias, uma vez que surge sem que haja uma situação ou objeto disparador.
Outro ponto a ser considerado sobre o medo disfuncional é que ele, geralmente, baseia-se em compreensões distorcidas da realidade. Isso faz com que o medo ganhe força, simplesmente em interpretações que fazemos a partir destas distorções.
Mas o que fazer quando percebemos esse medo disfuncional? Um primeiro ponto é percebermos quais as distorções que estamos fazendo das coisas ou da realidade. Costumo sempre dizer que devemos dar às situações o peso e o tamanho correto que elas têm.
Muitas vezes nos sentimos fracos ou impotentes quando assumimos nossas emoções. E nos esquecemos de que são exatamente as nossas emoções que nos fazem humanos. Assumi-las, portanto, não é sinal de fraqueza, mas de humanidade. Reconhecer aquilo que causa o medo e rouba a tranquilidade e o bem-estar é sinal de coragem e de cuidado. O que tem te causado medo e quais eles são?
Edson Durante de Oliveira
Edson Durante de Oliveira (CRP: 04/47229)é psicólogo clínico. Pós graduando em Psicologia Clínica Fenomenológico-existencial.