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SUELY FAÇANHA: QUANDO PERCEBEMOS QUE CONTAMOS COM UMA MÃE

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Há muitos anos, sofrendo com um grande vazio interior e, estando eu num daqueles momentos da vida onde são tomadas as grandes decisões que norteiam o nosso futuro, corri para os braços da Mãe. Tomando em mãos o terço e olhando para uma imagem de Nossa Senhora Rainha da Paz, eu disse: “Mãe, as coisas estão aparentemente bem aqui em casa, mas dentro de mim tá um vazio enorme, uma indecisão. O que eu faço da minha vida? Qual o sentido dela? Dá-me um sentido, um ideal de vida, algo pela qual eu deva lutar por toda a minha vida…”

Eram 23h, de um sábado silencioso. E eu tinha 19 anos. Depois de rasgar o coração, rezei o terço, e adormeci.

No dia seguinte, um domingo igual a todos os outros, fui à missa às 17h na Paróquia de Nossa Senhora da Glória, em Fortaleza. Monsenhor Manfredo, sem saber o que eu vivia, na homilia foi a boca de Deus para mim. Ele falou: “Chegou a hora de deixar tudo e seguir Jesus!” Comecei a chorar ali, sem me conter. Minha oração tinha sido ouvida e a resposta era aquela. Meu ideal seria seguir Jesus ou, em outras palavras, me consagrar a Ele.

Dois anos depois, aos 21 anos, renunciei aos meus planos de construir um futuro no mundo para, numa vida de castidade, pobreza e obediência, pertencer a Jesus dentro da Comunidade de Vida Shalom. Já são 30 anos de vida consagrada e missionária. Na Comunidade me casei e tenho 3 filhos.

Nossa Senhora não apenas abriu para mim o caminho da minha realização pessoal, mas me sustentou, me acompanhou e está comigo até hoje. 

Qual a sua experiência com a Mãe de Deus? Certamente, se ainda não aconteceu, vai acontecer se, sinceramente e piedosamente, você abrir seu coração. Nossa Senhora não deixa de ouvir nossa voz quando, com humildade, nos dirigimos a ela. Sua presença é constante.

Quando meu primeiro filho estava engatinhando eu entendi que, não poderia protegê-lo ao ponto de evitar as quedas, nem tão pouco deveria socorrê-lo sempre que caísse. Meu coração de mãe, sobretudo de primeira viagem, ficou doído demais. O que eu deveria então fazer?  

Meu papel seria prepará-lo para vida, para ser um homem forte e, para isso, ele deveria aprender a levantar sozinho, a entender que a dor faz parte da existência humana e que precisaria reagir para não ser dominado pelos seus sentimentos, pois estes precisavam ser educados. A mim caberia socorrê-lo quando não conseguisse levantar-se sozinho, e consolá-lo e incentivá-lo a tentar outra vez, agora mais consciente da possibilidade de cair de novo. Ele precisaria desenvolver a capacidade de evitar cair e ter a consciência sólida de que não estaria só, mas que poderia sempre contar comigo se precisasse.

Com quem aprendi isso? Com Nossa Senhora! Ela me falou ao coração… Foi quase como dizer… “Foi assim que eu fiz com Jesus!”

Te convido a ouvir a canção ESTÁS AQUI, Ó MÃE e a rezar com ela.

Não espere alguém que te faça levantar. Esse trabalho é, em primeiro lugar, seu. Mas o consolo virá! E o fruto do aprendizado de se conhecer mais para evitar a queda também. 

Deus te abençoe,

Suely Façanha

 

Ministério Suely Façanha – https://linklist.bio/suelyfacanha

Suely Façanha é cantora e compositora, Missionária da Comunidade Católica Shalom.