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TERCEIRO DOMINGO DA QUARESMA

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Por Padre José Luiz Gonzaga do Prado

Os textos bíblicos deste domingo:

1a. Leitura (Ex 17,3-7) Sem água, não há vida. Entre a saída da escravidão e a chegada à terra da liberdade há um deserto seco a ser atravessado. Mas Deus tira água da pedra.

Salmo (95[94],1-2.6-9) O Salmo canta o que ouvimos na leitura. Na difícil travessia do deserto, somos tentados a desanimar e desistir.

2a. Leitura (Rm 5,1-2.5-8) O pensamento de São Paulo é claro: A humanidade é governada pelo egoísmo, que leva à morte. Só o amor verdadeiro nos recoloca no caminho da vida. O amor aparece quando Jesus, o santo e inocente, morre em favor dos pecadores e criminosos.3a. L. Evangelho (Jo 4,5-42) No Evangelho vamos observar por onde Jesus começa a falar aos samaritanos e até onde ele vai. Observar também como a mulher e os outros samaritanos vão enxergando Jesus cada vez melhor. E qual será o simbolismo da água?

HOMILIA

A Realidade

O aquecimento global, causando o derretimento das grandes geleiras, faz subirem as águas dos mares que, nos litorais avançam sobre a terra. Os rios estão cada vez mais poluídos, os peixes que restam, morrendo aos milhares. Mas a produção não pode parar, senão é lucro cessante ou prejuízo na certa.

Por outro lado, ocorrem enchentes cada vez mais devastadoras. Enquanto isso, em muitos lugares não há água nem para o indispensável como a sede, a comida e a higiene.

A Palavra

Sem água, não há vida. Entre a saída da escravidão e a chegada à terra da liberdade (1ª L.) há um deserto seco a ser atravessado. Mas Deus tira água da pedra. O Salmo lembra que, na difícil travessia do deserto, somos tentados a desanimar e desistir.

O episódio da Samaritana, lido no Evangelho de hoje, tem como ponto de partida a água. A água de um poço que Jacó deixou para seus filhos é motivo para Jesus, maior que Jacó, falar de outra água, uma água símbolo do espírito (Jo 7,38-39) que se transforma em rio interior e que nos vem da sua morte-glorificação, saindo do flanco aberto, junto com o sangue-morte. A água viva é amor que gera amor.

Quando entende isso, a mulher abandona o seu cântaro – achou a verdadeira água – e se torna missionária, vai falar aos senhores da Samaria e conduzi-los até Jesus. Os samaritanos tiveram no decorrer da história cinco deuses diferentes, agora seguiam Javé o Deus dos judeus, seu sexto “marido”.  Jesus é o sétimo, o definitivo. A Samaria torna-se cristã.

A primeira impressão sobre Jesus é de que ele é um judeu que não respeita os preconceitos. Por fim ele é chamado de Salvador do mundo.

O pensamento de Paulo (2ª L.) é claro: A humanidade é governada pelo egoísmo, que leva à morte. Só o amor verdadeiro nos recoloca no caminho da vida. O amor espírito aparece quando Jesus, o santo e inocente, morre em favor dos pecadores e criminosos.

O Mistério

A Eucaristia é celebração do amor, da água-espírito que brota da cruz e se transforma em mina ou nascente de rio interior. O pão e o vinho partilhados são sacramento do sacrifício total de si em favor dos outros. Não temos coragem de nos sacrificar pelo outro como devemos, aqui encontramos a água que se transforma em fonte inesgotável de amor.