O mês de setembro tornou-se referência para o estudo e a contemplação da Palavra de Deus, tornando-se em todo o Brasil, desde 1971, o Mês da Bíblia. Desde o Concílio Vaticano II, convocado em dezembro de 1961, pelo papa João XXIII, a Bíblia ocupou espaço privilegiado na família, nos círculos bíblicos, na catequese, nos grupos de reflexão, nas comunidades eclesiais.
“Já são quase 50 anos que temos essa tradição de dedicar um mês para o estudo mais aprofundado da Palavra de Deus, então é extremamente importante que as comunidades se deixem reunir e experimentar a Palavra de Deus. A Bíblia é para nós a Palavra de Deus revelada, a forma que Ele dialoga continuamente conosco na história”, afirma irmã Izabel Patuzzo, assessora da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB.
Em 1971, a Arquidiocese de Belo Horizonte (MG) propôs uma ação bíblica para todos os fiéis, leigos e consagrados, por ocasião da comemoração de seus 50 anos de existência. O período escolhido para os estudos bíblicos foi setembro, mês em que se celebra a memória de São Jerônimo, grande biblista na história da Igreja Católica. Sabendo da ação da arquidiocese, o Serviço de Animação Bíblica das Irmãs Paulinas passou a propagar, todos os anos seguintes, a celebração do mês dedicado à Bíblia.
Com a devoção propagada e os grupos de estudo bíblico se multiplicando, a CNBB passou a assumir a data comemorativa e instituiu oficialmente a celebração por todo o país. Atualmente, além do Brasil, vários países da América Latina e África dedicam o mês de setembro à celebração da Bíblia.
São Jerônimo
No ano 382, Pe. Jerônimo foi chamado pelo papa Dâmaso para ser seu secretário particular. Já em Roma, recebeu a incumbência de traduzir a Bíblia, do grego e do hebraico para o latim. Neste trabalho, ele dedicou quase toda sua vida. O conjunto final de sua tradução da Bíblia, em latim, se chamou “Vulgata” e se tornou oficial no Concílio de Trento. Desde 1947, já se celebra o Dia da Bíblia em 30/09, data de falecimento do santo.
Com informações da CNBB