A Realidade ou a Palavra de Deus na vida
Utilizar algo emprestado sempre incomoda a quem tem um mínimo de responsabilidade. Alugar alguma coisa que pertence a outrem, casa ou outro bem, sempre envolve a obrigação de cumprir os compromissos contratados.
Quem entra no jogo, deve obedecer às regras do jogo. Até que ponto, neste mundo, o cristão deve obedecer às regras deste mundo?
A Palavra de Deus na Escritura
O Evangelho de hoje fala ainda dos conflitos de Jesus com as autoridades dos judeus. Querem agora pegar Jesus em alguma afirmação que o desmoralize perante o povo ou complique sua situação diante das autoridades do Império Romano.
Os fariseus não concordavam com o domínio romano na Palestina, mas não falavam disso abertamente. A Terra Prometida, segundo eles, não devia pertencer a estrangeiros idólatras. Já os partidários de Herodes, eram favoráveis ao domínio romano e podiam denunciar quem falasse publicamente contra César.
Os chefes fariseus não vão, mandam discípulos seus junto com os herodianos fazer a pergunta embaraçosa a Jesus: É permitido pagar tributo ao Império estrangeiro? Respondendo “sim”, Jesus estaria desmoralizado perante o povo. Respondendo “não”, seria denunciado pelos herodianos.
Jesus não tem a moeda. Pede para lhe mostrarem uma e pergunta de quem é a imagem e a inscrição. A Bíblia não proíbe fazer imagens? Os fariseus provocaram uma agitação que forçou Pilatos a retirar de Jerusalém estandartes romanos com figuras? Não pode! Ah! No dinheiro pode… Devolvam, então, a César o dinheiro que é dele.
Que é o que se deve devolver a Deus: a Terra, da qual os romanos se apossaram? O povo, agora escravizado? O ser humano, homem e mulher, verdadeira imagem de Deus? A Lei de solidariedade, agora esquecida? As perguntas devem continuar.
A primeira leitura fala de Ciro, rei dos persas, que conquista a Babilônia e dá liberdade aos israelitas cativos. Vemos como o profeta lê com os olhos de Deus esses acontecimentos.
O Mistério
Para devolver a humanidade ao projeto de Deus, Jesus se viu forçado a aceitar a morte de cruz. Celebrando a libertação da escravidão egípcia na ceia da Páscoa, Jesus celebra a sua decisão e nos convida a celebrá-la e a fazer o mesmo que ele fez.