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VIGÉSIMO SÉTIMO DOMINGO DO TEMPO COMUM

A Realidade ou a Palavra de Deus na vida

Volta e meia estamos tendo notícias de assassinato de pessoas que lutam pelo bem. É uma juíza que tem coragem de condenar policiais criminosos, são ambientalistas ou lutadores em favor do povo pobre no Pará… As coisas se ligam porque os criminosos de boné ou de camisa engomada e gravata querem sempre e, muitas vezes, conseguem ficar impunes.

A consequência é que a sociedade acaba sendo governada pelo crime organizado. E fica difícil mudar isso, porque a lei máxima, apregoada aos quatro ventos, é a competição, a lei do mais forte. Como desatar esse nó? Quem propõe como norma o amor ao próximo, o respeito à natureza e aos direitos dos mais fracos está sempre ameaçado de morte.

A Palavra de Deus na Escritura

Na Primeira Leitura de hoje, preparando o Evangelho, o poema fala de um vinhedo bem cultivado, do qual muito se esperava, mas que nenhum fruto verdadeiro produziu. Essa lavoura é o povo que tem uma religião de bela aparência, mas não pratica a justiça e o direito, os frutos que Deus dele espera.

No Salmo, que faz eco à Leitura, reconhecemos que somos a videira de Deus, a planta que não está produzindo os frutos que ele espera.

Jesus acaba de expulsar o comércio do recinto do Templo. Os chefes, os sumos sacerdotes, questionam Jesus. É a eles que ele fala e, ao lado deles, aos fariseus. Esses, no contexto da comunidade de Mateus, representam o grupo dos que eram os inimigos da comunidade dos discípulos.

A comparação fala dos profetas, que sempre cobraram em nome de Deus a coerência, a justiça, o direito, e foram perseguidos. Isso aconteceu na história do povo e ainda acontece. Por fim Deus manda o próprio filho que também é perseguido e rejeitado. Crucifixão era uma maldição e, por isso, tinha de ser executada fora da cidade santa. Hoje não estaríamos fazendo o mesmo com Jesus?

O Mistério

Por que ele condenou a transformação do Templo em comércio, os chefes da religião decidiram matá-lo. Ele, que, por prudência, passava as noites fora da cidade, vai celebrar a páscoa com os discípulos.

Teme e sabe o que vai lhe acontecer, por isso faz do pão sinal de sua vida entregue e do vinho, o sangue, sinal da morte que livra do egoísmo. Depois manda que a gente faça o mesmo que ele fez. O gesto nós repetimos.