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A VIRGEM DE NAGASAKI: UM SÍMBOLO DE PAZ QUE SOBREVIVEU AO INFERNO ATÔMICO

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As devoções marianas sempre estão associadas a uma realidade particular. Em Aparecida- SP, a imagem encontrada no rio Paraíba, representou a libertação dos escravos; uma imagem negra para um povo negro escravizado. Em Guadalupe, no México, Maria aparece com traços e símbolos indígenas para se comunicar com os indígenas.

Da mesma forma, hoje (21/05), o Papa Francisco ao propor a oração do terço em Nagasaki, diante da imagem de Nossa Senhora da Conceição encontrada após os ataques da bomba atômica em 09 de agosto de 1945, chama a atenção para os horrores da guerra.

A imagem foi bombardeada junto com a catedral. Anos após a guerra, um monge trapista encontrou a cabeça da imagem de Nossa Senhora e só no 30° ano depois do bombardeio, a levou para a catedral que foi reconstruída em 1959.

 

 

Em 24 de novembro de 2019, o Papa, durante sua visita a Nagasaki, ressaltou como a redescoberta da cabeça da Virgem é um símbolo do “horror indescritível sofrido na própria carne pelas vítimas da bomba e suas famílias”. Na época, a bomba atômica americana, “Fat Boy”, destruiu Nagasaki. A rajada de vento infernal da deflagração da bomba devastou a cidade, deixando mais de 70 mil mortos. Fez virar pó os vitrais da Catedral, as paredes do edifício, e queimou o altar derretendo até o sino. Mas, o rosto da imagem da Imaculada Conceição, com o horror marcado em sua expressão, conservou-se.

A imagem é extremamente expressiva. O rosto ficou marcado pelos estigmas da guerra, com os olhos queimados, deixando em seu lugar as duas órbitas negras. A face direita ficou escurecida e uma rachadura ao longo do rosto lembra uma lágrima.

É a Virgem relembrando a todos que padece junto com o seu povo, que é sensível ao sofrimento e passa pelas dores da humanidade com amor e compaixão. 

 

Redação Katholika